As fazendas de café de Minas Gerais poderão incluir no tratamento de resíduos do produto a experiência desenvolvida por países da América Central. Mediante uma parceria do Certifica Minas Café, programa criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e a certificadora UTZ Certified, um grupo de técnicos e produtores mineiros realiza a partir desta terça-feira (5/3) uma programação de visitas a propriedades cafeeiras na Guatemala e em Honduras.
O assessor especial de Café da Seapa, Niwton Castro Moraes, integra a comitiva, que deve cumprir até dia 8 (domingo) o giro pelas fazendas. Ele ressalta que a escolha recaiu sobre propriedades que se destacam pela qualidade do seu café e se dispõem a transmitir informações sobre as novas tecnologias adotadas no tratamento de resíduos do despolpamento do fruto.
Moraes explica que o despolpamento consiste na retirada da casca e da polpa do fruto. O processo, adotado no Brasil há cerca de 20 anos, tem grande aceitação porque possibilita a produção de uma bebida fina. “Existem diversas experiências e pesquisas utilizadas no país, mas é necessário agregar novos conhecimentos sobre o despolpamento, diante do problema dos poluentes gerados, principalmente o consumo do oxigênio da água utilizada”, acrescenta.
Por isso, o assessor enfatiza a necessidade de tratar a água utilizada no processamento dos frutos de café antes de devolvê-la à natureza. Ele assinala que este será o foco dos contatos com os produtores e técnicos no giro pelas propriedades da Guatemala e de Honduras.
Segundo o assessor, nas fazendas incluídas no roteiro, o tratamento dos resíduos alcançou um nível avançado, que possibilita o crescente aproveitamento do biogás gerado no processo, ou seja, receita adicional para os produtores. “Esses benefícios podem justificar a adequação do sistema utilizado atualmente às propriedades cafeeiras de Minas”, prossegue.
Ele ainda diz que o sistema adotado naqueles países é recomendável para as propriedades cafeeiras do Estado em geral. “Principalmente as duas mil integradas ao Certifica Minas Café, programa que tem por objetivo atestar a conformidade das propriedades produtoras com as exigências do comércio mundial, possibilitando ao café mineiro buscar a consolidação de mercados e conquistar novos compradores”, finaliza.
Produto forte
Minas Gerais lidera a produção de café no Brasil, respondendo por 52,7% da safra total. Em 2012, a colheita no Estado somou 26,9 milhões de sacas em 1 milhão de hectares distribuídos por mais de 600 municípios. As exportações de café ocupam a primeira posição no cenário do agronegócio estadual. No ano passado, a comercialização externa do café de Minas movimentou US$ 3,8 bilhões, ou seja, 49% da receita total dos produtos agrícolas e pecuários. Já na avaliação das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro e respondeu por 11,4% da receita, que somou US$ 33,4 bilhões.
Minas Gerais lidera a produção de café no Brasil, respondendo por 52,7% da safra total. Em 2012, a colheita no Estado somou 26,9 milhões de sacas em 1 milhão de hectares distribuídos por mais de 600 municípios. As exportações de café ocupam a primeira posição no cenário do agronegócio estadual. No ano passado, a comercialização externa do café de Minas movimentou US$ 3,8 bilhões, ou seja, 49% da receita total dos produtos agrícolas e pecuários. Já na avaliação das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro e respondeu por 11,4% da receita, que somou US$ 33,4 bilhões.
Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação Social