Os custos de produção da atividade leiteira deram um salto em 2016. O aumento foi puxado pela alta dos preços do milho e do farelo de soja, principais componentes do concentrado para ração, que por sua vez, corresponde a 40% dos custos. De acordo com a Scot Consultoria, em um ano, o custo acumulou alta de 19%. Essas e outras informações serão apresentadas no 2º Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro, nesta quarta-feira (26/10), em Brasília, na sede da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
O pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Wagner Hiroshi, mostrará os resultados dos painéis sobre leite realizados ao longo do ano, nos estados de Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina e Rondônia. “A ideia é fazer um panorama das principais particularidades dos sistemas de produção de cada estado e comparar os indicadores técnicos e econômicos”, afirmou Hiroshi.
Segundo ele, os produtores de leite desses estados trabalharam com margem apertada em 2016 devido aos custos de produção que aumentaram mais do que o valor pago pelo leite. “Os pecuaristas não estão conseguindo obter lucratividade e muitos estão migrando para a bovinocultura de corte. Isso resulta em queda na produção e aumento do preço do produto no mercado”, explicou Wagner.
Promovido pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o evento apresentará um panorama dos resultados obtidos nos levantamentos de custos de produção realizados em 2016. Além dos indicadores econômicos, serão apresentados os coeficientes técnicos das principais atividades agropecuárias nas principais regiões produtoras.