Pelo segundo mês consecutivo, a pecuária de Minas Gerais registrou variação mensal positiva. Em agosto, a atividade cresceu 0,34%. Porém, ainda não foi suficiente para a recuperação do setor que, no acumulado de janeiro a agosto, registrou queda de 2,64%. Para 2016, a renda foi estimada, a preços de agosto, em R$ 91,1 bilhões.
Entre os segmentos que compõem a atividade pecuária, no mês, houve alta na indústria (0,46%), serviços (0,41%) e primário (0,39%), enquanto insumos recuaram 0,42%. No ano, apenas os insumos apresentaram resultados positivos, com alta de 4,18%. No segmento básico o recuo foi de 2,72%, na indústria 4,72% e na distribuição a queda chegou a 3,36%.
“A pecuária apresentou leve crescimento em agosto, mas continua em baixa nos oito primeiros meses de 2016. O resultado foi provocado pela retração em bois e vacas, principalmente, já que era esperada queda nos abates”, explicou a coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Aline Veloso.
De acordo com o Cepea, o segmento primário da pecuária apresentou crescimento em agosto de 0,39%, mas acumula baixa de 2,72% nos primeiros oito meses de 2016 frente ao mesmo período de 2015. O preço médio ponderado acumulado de janeiro a agosto ficou 2,47% maior que no mesmo período de 2015 e a expectativa de produção anual apresenta retração de 6,47%.
Ovos, frango e leite continuaram apresentando evolução positiva no faturamento, de 19,37%, 12,10% e 7,97%, respectivamente. Já no segmento das vacas foi verificada queda de 29,37% no faturamento. No de bois, o recuo foi de 7,16%, e no de suínos, pequena elevação de 0,95%.
Segundo o Cepea, com relação a bovinos, os preços seguiram com tendência de baixa, registrando redução de 4,65% para vacas e de 5,34% para bois, na comparação entre janeiro e agosto de 2016, frente a igual período do ano passado. Quanto à produção, a projeção anual se manteve com expectativa de redução, de 25,93% para vacas e de 1,92% para bois em 2016.
No mercado de suínos, a retração nos preços foi de 4,68% na comparação entre os oito primeiros meses de 2016 e o mesmo período de 2015. Já para a produção, estima-se elevação de 5,90% no ano.
Na atividade leiteira, o aumento no faturamento anual é reflexo da alta nos preços (16,06%), diante da perspectiva de queda na produção, de 6,97% no ano.
Diário do Comércio