A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) promoveu uma live, nessa segunda-feira (24/10), para debater os desafios, as tendências e soluções para o Agro do futuro. A live foi moderada pelo presidente do Sistema Faemg, Antônio de Salvo, e contou com a participação da economista Rita Mundim. O Presidente do Sindicato Rural de Caxambu Eduardo Rafael acompanhou a transmissão e participou do evento on line.
“O nosso objetivo foi trazer uma reflexão sobre o que está acontecendo em Minas, no Brasil e no mundo, para que possamos adquirir uma bagagem de conhecimento que nos leve a uma decisão consciente no próximo dia 30 de outubro. Convidamos a Rita Mundim para traçar uma radiografia real da nossa economia, mostrando como o país vem se posicionando em tempos difíceis de guerra e pandemia, a oportunidade enorme que tem de continuar no caminho do crescimento e o papel do agro nesse contexto”, destacou o presidente da FAEMG Antõnio de Salvo.
Durante a live, a economista traçou uma linha do tempo em que mencionou importantes eventos mundiais que mudaram o comportamento da sociedade e influenciaram o desenvolvimento global. “A pandemia, em 2020, trouxe um desarranjo mundial. E quando achamos que estavam todos vacinados e que poderíamos voltar à normalidade, iniciou-se uma guerra entre Rússia e Ucrânia. Todo esse cenário ocasionou um choque de oferta, produtos começaram a faltar, houve alta nos preços e inflação”, explicou.
Conforme apontado por Mundim, uma das consequências desse cenário foi a insegurança alimentar. Rússia e Ucrânia representam 24% do mercado de grãos. Em função disso, países muito populosos, como a China, passaram a estocar soja e milho elevando consideravelmente o preço dos insumos. Houve impacto, também, na oferta de fertilizantes, uma vez que a Rússia é uma das fornecedoras globais e tem sofrido sanções do Ocidente, bem como no aumento do preço do óleo diesel.
Posição de destaque
“Diante das incertezas, o Brasil tem se destacado pela sua gestão. Graças a uma condução eficiente do atual governo, nos encontramos em uma posição melhor que outros países. O mundo está em guerra em termos de preço de alimento, de energia e projeção de recessão. Mas o Brasil não está, porque tem energia limpa, alimento em abundância, minério e petróleo. O nosso real é a moeda de maior performance no mundo atualmente e está valorizado em relação ao dólar”, destacou.
De acordo com a economista, o percentual de inflação do Brasil é de 4,4% e está em queda, enquanto países como Venezuela e Argentina têm índices na casa dos 60 e 50%, respectivamente. As taxas de desemprego também estão em queda. Somente em agosto de 2022 foram gerados mais de 278 mil postos de trabalho formais. Em setembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 3,99 bilhões. A participação do país no PIB total gerado na América do Sul é de 50,4% e é um dos que mais cresce no mundo.
Rita concluiu a apresentação mencionando que a base da prosperidade e da riqueza de um país está no trabalho e no conhecimento. “Um Estado que forma seus cidadãos e dá possibilidade para ascenderem no mercado de trabalho é o país que irá prosperar. O risco país atualmente é sobre a decisão de votar, pelo que o governo petista representou nos 14 anos em que esteve no poder e o que o governo Bolsonaro representou nos últimos 4 anos”, concluiu.
Estiveram presentes na live o vice-presidente de Secretaria do Sistema Faemg, Ebinho Bernardes, o vice-presidente de Finanças, Renato Laguardia, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Bom Despacho, Patrick Brauner e o ex-presidente do Sindicato de Santa Maria de Itabira Evandro Pires Fernandes. O conteúdo pode ser assistido no YouTube do Sistema Faemg.
Fonte: FAEMG