O Brasil conquistou em julho o direito de exportar produtos do agronegócio para novos países e também de ampliar mercado para parceiros comerciais já consolidados, informou o Ministério da Agricultura. Foram dez no total até a terceira semana do mês, com destaque para novas permissões de exportação de carnes e subprodutos de proteínas ao mercado asiático.
O Egito, por exemplo, permitiu a importação de carnes e produtos de carne de aves brasileiras. Desde o início do ano, houve 50 aberturas comerciais, em comparação a 35 do ano passado. Desse total, 26 ações envolveram países asiáticos.
Ainda em julho, Mianmar liberou a comercialização de carne suína e seus derivados, sêmen bovino, bovinos vivos para abate e bovinos vivos para reprodução, subprodutos para alimentação animal do Brasil. Material genético como embriões bovinos e sêmen bovino brasileiros também foram permitidos pelo Qatar.
A China abriu o mercado para aparas bovinos oriundas do Brasil, enquanto a Argentina liberou a entrada de óleo de aves destinados à alimentação animal.
Em junho, outras dez ações foram concluídas. Somente Cingapura permitiu a entrada de sete produtos brasileiros. Foram eles: ovos com casca, carne em conserva de frango, carne em conserva bovina, carne em conserva suína, carne em conserva de pato, carne em conserva de ganso e carne em conserva de peru.
O Mianmar também liberou a entrada de produtos lácteos brasileiros. Além desses novos mercados, mais cinco plantas brasileiras foram habilitadas para exportar carne suína e de frango para o Vietnã.
Outros seis frigoríficos foram credenciados a exportar carne bovina para o México e uma unidade foi habilitada para enviar carne de aves para o Canadá.
Em maio, também foram realizadas dez aberturas ou ampliações de mercado. A Tailândia permitiu a importação de carne bovina desossada e com osso, miúdos bovinos e produtos lácteos brasileiros. Os lácteos nacionais, especificamente os queijos, também obtiveram certificado para exportação ao mercado australiano.
Animais e plantas
Ainda em maio, Taiwan autorizou a importação de alimentos preparados para animais, a Coreia do Sul abriu o mercado para castanha-de-baru e o Peru liberou a entrada de três plantas brasileiras: eucalipto, tillandsia e stevia.
Também no mês, o Irã aprovou a importação de folhas de tabaco do Brasil e as Filipinas credenciaram mais 13 frigoríficos brasileiros para exportação de carnes bovina, de aves, de peru e suína.
Em abril, todas as ações foram voltadas à Argentina. O país vizinho aprovou a importação de produtos avícolas termoprocessados, lanolina e recortes de pele bovina para gelatina.
Em março, para o Egito foram habilitadas 42 novas plantas de carne bovina e de frango e liberada a importação de miúdos bovinos brasileiros. Marrocos e os Emirados Árabes Unidos autorizaram a importação de pintos de um dia e de ovos férteis do Brasil.
Do lado do mercado asiático, a China autorizou a exportação de pescado por 108. Ainda no mês de março, a Colômbia liberou a importação de milho pipoca brasileiro.
Em fevereiro, os Estados Unidos e o Kuwait anunciaram a reabertura para a carne bovina in natura brasileira. No mês, também foram autorizadas exportação de embriões bovinos, sêmen suíno e carne de rã para a Argentina.
Em janeiro, a Índia liberou a entrada de gergelim brasileiro e a Colômbia de carnes e miúdos de aves desidratados ou liofilizados.
Em pronunciamentos recentes, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem afirmando que, com o avanço da Covid-19, o movimento de abertura de mercados foi intensificado por vários países.
Estes países, segundo a ministra, buscam assegurar o abastecimento interno de alimentos diante das restrições logísticas impostas pela doença, e procuram no Brasil interessados em firmar certificados sanitários e viabilizar esse comércio.
Fonte: Broadcast Agro