Diretor da FAEMG, Breno Mesquita, fala sobre importância da gestão de custos na cafeicultura
Após um ano de forte crise, cafeicultores mineiros começaram 2014 com perspectiva de preços melhores, alavancados pela expectativa de queda de produção em decorrência da estiagem deste início de ano. O cenário de oscilação marcou a abertura, na manhã desta terça (25), do 1º Encontro de Técnicos do Programa Café + Forte, da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais). Lançado há três anos, o programa é a grande aposta da entidade para reduzir a vulnerabilidade dos produtores frente aos movimentos do mercado.
Técnicos de todo o estado estarão reunidos hoje e amanhã (25 e 26/2) na sede da entidade, em BH, e atuarão como multiplicadores da iniciativa. O Programa se estrutura em rede, com parceiros locais, prefeituras, cooperativas e sindicatos rurais apoiando o trabalho dos técnicos extensionistas locais. A ideia é capacitar o produtor para administrar o custo da produção e identificar o momento mais vantajoso para negociar o café com maior lucro.
Durante a abertura do encontro, o diretor da FAEMG, João Roberto Puliti, lembrou que, como commodity, o café fica muito submetido às variações do mercado e que, como todo produto agrícola, sofre ainda com as intempéries climáticas. “Por isso é fundamental que o produtor aglutine forças e informação. Uma gestão eficiente de sua produção e comercialização será de enorme importância para reduzir sua vulnerabilidade contra esses fatores que ele não pode controlar”.
| Café+Forte
Segundo o diretor da FAEMG e presidente das Comissões de Café da entidade e da CNA, Breno Mesquita, o Café + Forte proporciona ao produtor condições para administrar a propriedade por meio da gestão dos custos, fornecendo instrumentos para que ele saiba a que preço está produzindo e qual o melhor momento para comercializar a colheita com lucro. “A marca forte do programa é oferecer um processo bastante simplificado e que possa ser posto em prática facilmente, seja pelo pequeno, médio ou grande produtor. A demanda crescente pelo Café + Forte nas diversas regiões do estado é o maior indicativo do seu sucesso junto ao cafeicultor mineiro”.
Criado em 2010, o Café + Forte conta hoje com 70 técnicos apoiando 250 produtores em 40 municípios. Segue mesma metodologia de outro programa da FAEMG de grande sucesso, o Balde Cheio, voltado à pecuária de leite.