O potencial de aplicações em atividades incluídas no Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) pelos produtores mineiros na safra 2013/14, exclusivamente pelo Banco do Brasil, é da ordem de R$ 1 bilhão. A avaliação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Para o secretário Elmiro Nascimento, “esta meta é possível e necessária”, pois as práticas adotadas reduzem a emissão de gases promotores do efeito estufa.
No período de julho a setembro, os repasses de crédito para o desenvolvimento das boas práticas do ABC nas propriedades – feitos pelo banco mediante acordo com a Secretaria – somaram R$ 66,6 milhões. “O valor é 31,2% menor que o registrado nos três meses da safra passada”, explica Nascimento. “No entanto, tecnologias como a Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF), plantio direto, florestas plantadas, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de efluentes das atividades agropecuárias, em Minas, têm um grande potencial de aplicações na safra atual.”
A principal razão para apostar na busca de créditos mais altos, segundo o secretário, é que, além da Emater-MG – vinculada à Seapa – com unidades localizadas em mais de 700 municípios mineiros, existe no Estado uma rede de assistência técnica privada credenciada pelo Banco do Brasil para orientar os produtores e elaborar os projetos necessários à obtenção do crédito do programa ABC. “O sistema de suporte para a habilitação aos recursos funciona muito bem. Além disso, os valores disponibilizados para a adoção de boas práticas que resultem na redução das emissões de carbono nas atividades de agricultura e pecuária são oferecidos em condições favoráveis aos produtores”, acrescenta.
O secretário ainda considera que a aplicação de R$ 1 bilhão nas atividades alcançadas pelo ABC, nesta safra, corresponde à importância da produção agrícola e pecuária de Minas e equivale a 22,2% do total disponibilizado para investimentos da agricultura de baixo carbono em todo o país, que soma R$ 4,5 bilhões. A meta sugerida representa um aumento de 90,6% em relação aos repasses totais de R$ 524,5 milhões para os produtores mineiros, realizados na safra anterior pelo Banco do Brasil,
Suporte tecnológico
De acordo com o coordenador técnico da área de Bovinos da Emater, José Alberto de Ávila Pires, entre as ações para redução da emissão de gás carbono nas atividades agropecuárias destaca-se a recuperação de pastagens degradadas como consequência do uso da terra sem a adoção de práticas sustentáveis. Ele explica que, em Minas Gerais, a degradação em diversos estágios ocorre em cerca de 6,5 milhões de hectares. “O sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) é indicado principalmente para regiões de pecuária bovina”, ressalta.
As regiões em destaque na aplicação de recursos, no acumulado de julho a setembro deste ano, foram o Triângulo Mineiro (R$ 26,7 milhões), Norte (R$ 12,8 milhões), e Noroeste (R$ 10,4 milhões). Também tiveram participação nas aplicações a Zona da Mata, regiões Sul/Sudoeste, Metropolitana de Belo Horizonte e o Vale do Mucuri.
Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação Social