A queda da produtividade do café arábica no Brasil, na safra 2013/2014, provocou redução na renda do cafeicultor nas principais regiões produtoras, especialmente em Minas Gerais, o maior estado produtor. Guaxupé, uma tradicional região cafeeira no sul de Minas, teve o COT (Custo Operacional Total) aumentado em 27,9%. Os dados estão no Boletim “Ativos do Café”, elaborado pelo Centro de Inteligência e Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), em parceria com a CNA.
Os problemas meteorológicos ocorridos nos primeiros meses de 2014 foram preponderantes para a redução na produção de Arábica. Com isso, a principal justificativa para os impactos das adversidades climáticas no custo de produção está relacionada à quebra maior na renda do beneficiamento do café, e não na carga produtiva, conforme apontado pela Conab.
De acordo com os números do Boletim, considerando a produção plena na safra atual, os custos em setembro/14 seriam de R$ 466,30/saca. Na simulação de redução na produção estes custos ficaram em R$596,47/saca no mesmo mês; um aumento de 27,9%.
O levantamento mostra, ainda, que a cafeicultura manual, no terceiro trimestre de 2014, apresentou custo 1,43 vezes maior em comparação com a lavoura mecanizada, sem considerar a redução de produção estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Fonte: CNA