A comercialização da safra 2013/14 de café em Minas Gerais atingiu, em setembro, 10,15 milhões de sacas de 60 quilos. O volume representa 39% da produção, que foi estimada em 25,8 milhões de sacas. Apesar de o índice ser equivalente ao registrado em igual mês do exercício passado, na comparação com a média dos últimos cinco anos, o volume de comprometimento está inferior, uma vez que o normal para o período é a venda de 49% do volume produzido. Os dados fazem parte do levantamento Safras & Mercado.
No Brasil, as negociações avançaram em ritmo mais intenso, comprometendo em setembro 42% da produção estimada, que é de 52,9 milhões de sacas de 60 quilos. Mesmo assim, os negócios estão atrasados em relação a 2012, quando 43% da safra 2012/13 já estavam comercializados no mesmo mês. Assim como em Minas Gerais, no país também foi registrado atraso em relação à média dos últimos cinco anos, período em que normalmente 49% da produção nacional já estariam negociados.
De acordo com o analista da Safras & Mercados, Gil Barabach, o ritmo mais acelerado registrado em setembro pode ser, em parte, justificado por dois motivos. “Os produtores aproveitaram a melhora dos preços no começo do mês passado para dar um ritmo maior às negociações. Também existe a necessidade de formação de caixa, o que estimula o aumento de vendedores no mercado”, avaliou.
No Estado, de todas as regiões pesquisadas pela consultoria Safras & Mercado, apenas as vendas feitas no Sul e no Oeste ficaram acima do ritmo registrado em setembro de 2012, porém abaixo do nível médio verificado nos últimos cinco anos. Nestas regiões, a comercialização da safra 2013/14 já havia atingido 39%, o correspondente a 5,1 milhões de sacas de 60 quilos, até o fechamento do mês passado, enquanto que em igual intervalo do ano anterior o volume negociado chegou a 36%. A média das últimas cinco safras para o período é de uma negociação de 48% do volume produzido. E a expectativa de produção é de 13 milhões de sacas.
Zona da Mata
Ainda de acordo com a pesquisa da empresa de consultoria, na Zona da Mata, cerca de 41% da produção de café, que foi estimada em 7,8 milhões de sacas, foram negociados, sendo que a média dos últimos cinco anos é de 53%. Na safra anterior as negociações realizadas até setembro somaram 44% do volume gerado na região. Até o encerramento do mês passado, o volume comprometido era de 3,2 milhões de sacas.
No Cerrado, o volume da safra 2013/14 comercializado alcançou 37%, ou 1,85 milhão de sacas, percentual inferior aos 42% registrados na safra imediatamente anterior e menor também em relação à média das últimas safras (46%). A produção na região foi estimada em 7,8 milhões de sacas de 60 quilos.
Mesmo com o avanço nas vendas, e os leilões efetuados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os preços pagos pelo café continuam acumulando queda. Conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), no acumulado de 1º a 11 de outubro o preço pago acumulou queda de 1,03%, com a saca avaliada em R$ 259,20.
Fonte: Diário do Comércio