O novo preço mínimo de R$ 307,00 para a saca de 60 quilos de café, anunciado pelo governo federal, é considerado insuficiente diante da proposta dos produtores (R$ 340,00 por saca), endossada pelo governador Antônio Anastasia. A avaliação é do assessor especial de Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes, ao observar que desde 2009 não havia alteração do preço mínimo.Por isso segundo Moraes, “havia a expectativa de aprovação do preço pleiteado pelos produtores, principalmente neste momento de baixa do café e perdas na atividade”. A partir da sinalização extra-oficial de que o preço mínimo chegaria a R$ 307,00, houve uma sequência de cinco dias de alta até um aumento de 4,3% no preço da saca. De acordo com o assessor, a cotação da saca de café aumentou de R$ 293,30, em 30 de abril, para R$ 304,79, em 8 de maio, data em que foi anunciado oficialmente o preço mínimo de R$ 307,00. “Esse reajuste em relação ao preço de 2009 (R$ 261,69) foi de 17,3%. No entanto, a proposta dos cafeicultores mineiros foi para o estabelecimento de um preço de R$ 340,00 por saca”, enfatiza.Efeitos do frio Moraes considera que o excesso de frio e principalmente a geada são prejudiciais à produtividade do café e podem causar inclusive danos físicos às lavouras. Neste caso, as perdas nos cafezais podem ser imediatas ou de médio prazo. Ele explica que, por isso, o anúncio de queda de temperatura pode ter contribuído para a melhoria de preço.De acordo com Moraes, após a passagem da onda de frio, será possível dimensionar o impacto real do anúncio do novo preço mínimo sobre o mercado de café. “Minas é o maior produtor de café do Brasil e os preços praticados nos últimos meses não atendem sequer ao custo de produção da atividade”, finaliza.
Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Assessoria de Comunicação Social