O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro voltou a apresentar queda em novembro. De acordo com relatório elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no período foi registrado recuo de 0,08%, o que elevou a retração no acumulado dos primeiros 11 meses de 2012 para 0,12%. Com a queda, o PIB do agronegócio foi estimado em R$ 131,93 bilhões. A retração foi promovida pelo fraco desempenho da agricultura.
Do PIB total, R$ 68,71 bilhões ou 52,08% são provenientes do agronegócio da agricultura e R$ 63,22 bilhões ou 47,92%, do setor pecuário.
No setor da agricultura, a retração de 0,49% em novembro levou a variação da renda do setor no acumulado do ano para 3,62%. As atividades de processamento continuaram a mostrar a maior redução, com declínio de 0,72% no mês e de 5,98% no ano. O segmento de distribuição apareceu na seqüência e acumula queda de 4,42% em 2012.
Nas atividades dentro da porteira também houve recuo em novembro, 0,19%, acumulando nos primeiros 11 meses de 2012, queda de 0,05%. Insumos, por sua vez, avançou 0,25%, apontando expansão de 2,49% até o penúltimo mês de 2012.
Das culturas acompanhadas pelo Cepea, feijão e soja mantiveram os resultados mais expressivos em 2012. Até novembro, o feijão contou com elevação de 72,4%, no faturamento, conseqüência do significativo aumento de 59,11% dos preços e volumes que ficaram 8,35% mais altos.
A soja ficou em segundo lugar, com elevação anual de 30,09% no faturamento, alta de 24,55% nos preços e 4,45% em quantidade.
A média anual dos preços do milho apresentou declínio no Estado, 7,10%. Devido ao crescimento de 16,69% no volume, o faturamento da cultura manteve o saldo positiva, com alta de 8,40%.
A cana-de-açúcar também apresentou queda de preços, com redução de 2,31% no acumulado de janeiro a novembro, mas o faturamento se manteve em alta 3,97%, puxado pela elevação do volume, 6,43%.
A batata-inglesa, o tomate e o arroz também apresentaram evolução positiva de receita, 16,67%, 2,59% e 0,36%, respectivamente, refletindo o aumento significativo de preços que foi de 25,9%, 9,46% e 32,82%, uma vez que os volumes mostraram quedas em todos os casos.
Já o algodão apresentou queda de 46,19% no faturamento, após uma safra de valores recordes em 2011. Os preços reais da pluma se consolidaram em patamares muito inferiores aos do ano anterior, atingindo retração de 40,29% no acumulado do ano. Em novembro; também as estimativas de volume caíram, chegando a uma redução de 9,89%.
Em relação ao desempenho do café, o recuo dos preços foi o responsável pelas consecutivas reduções no faturamento. De janeiro a novembro a queda no faturamento chegou a 11,84%. No período, os preços recuaram 24,76% menores, enquanto o volume produzido aumentou 17,18%.
Pecuária – O PIB da pecuária apresentou crescimento de 0,37% entre janeiro e novembro, o que elevou o resultado no acumulado no ano para 3,99%. No mês, as elevações ocorreram em quase todos os segmentos analisados, com exceção de insumos que manteve estabilidade. Em 2012, a maior expansão continuou a ser do segmento básico 4,95%; distribuição ficou em segundo lugar com taxa positiva de 3,87%; já indústria e insumos apresentaram as menores taxas de crescimento no ano, 1,18% e 0,24%, respectivamente.
O segmento primário da pecuária apresentou expansão de 0,41% em novembro. Dessa forma, no acumulado de 2012 até novembro, houve alta de 4,95%.
De acordo com dados Cepea, na bovinocultura foi registrado crescimento de 10,96% no faturamento para as fêmeas e de 3,68% para os machos, resultado de significativa elevação do volume, 21,8% e 14,06%, respectivamente.
Elevações também foram registradas no faturamento dos suínos e frangos. O levantamento mostrou que no suíno houve elevação de 12,59% no faturamento, 14,84% na produção e queda de 1,96% nos preços. No caso do frango, o faturamento aumentou 4,54%, o volume 5,94% e os preços com queda de 1,32%.
Fonte: Diário do Comercio