O abate de bovinos em Minas em frigoríficos sob inspeção oficial (municipal, estadual ou federal), no ano passado, foi de 3,2 milhões de cabeças. O número é 6,3% superior aos abates realizados em 2013 no Estado e representa 9,5% dos abates nacionais no mesmo período. Os dados que traçam um retrato da cadeia produtiva da carne mineira foram analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Segundo o assessor técnico da Seapa, Francisco Augusto Lara de Souza, os motivos para esse crescimento foram a reativação de unidades de abate, os preços atrativos da arroba e a estiagem prolongada, que levou o pecuarista a vender os animais em função do baixo desenvolvimento das pastagens, que prejudicou alguns sistemas de criação a pasto.
A composição dos animais abatidos é de bovinos (49%), vacas (34%), novilhos (9,6%) e novilhas (7,3%). O crescimento no peso total de carcaças foi de 4,8%, totalizando 741 mil toneladas. O assessor Francisco Lara ressalta que, no ano passado, o abate de vacas foi de 1,1 milhão de cabeças (+14,9%); 237 mil novilhas (+12,2%); 1,6 milhão de bois (+3,9%) e 310 mil novilhos (-10,5%).
“Esse aumento no abate de vacas é uma preocupação para o setor, uma vez que os preços do bezerro registram crescimento e há pouca oferta no mercado desses animais”, explica. Para se ter uma ideia da valorização do preço do bezerro, em 2013, o valor médio pago pelos pecuaristas para recria era de R$ 787,40. Já no ano passado, os valores médios pagos foram de R$ 1.040,20.
Exportações
Os valores obtidos com as vendas externas da carne mineira, em 2014, registraram crescimento de 3,62%, atingindo US$ 446,2 milhões. Os principais países e mercados importadores foram Hong Kong (29,8%), Rússia (10,7%), Egito (8,4%), Israel (5,6%) e Chile.
Crédito Rural
O volume de recursos disponibilizado pelo Banco do Brasil para a pecuária bovina de corte alcançou R$ 1,1 bilhão, por meio de 12,8 mil contratos. Os dados apontam evolução de 10% em relação aos recursos contratados em 2013. Desse montante 54,3% foram destinados para custeio, 43,5% para investimento, 1,5% para comercialização e 0,7% para outras aplicações.
Fonte: Agência Minas