A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (19/5), a Lei nº 12.975, que declara a Mangalarga Marchador como a raça nacional de cavalos do país. Criada em Minas Gerais, há dois séculos, a raça conquistou o país e conta hoje com mais de 12 mil criadores e 390 mil animais.
Os primeiros exemplares surgiram no sul de Minas Gerais, por volta de 1812, a partir do cruzamento de cavalos da raça Alter-Real – trazidos de Alter do Chão, em Portugal, pelos nobres da Corte e pelo próprio imperador D. João VI – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprios para a montaria. O Mangalarga Marchador tem como função principal a marcha, um passo acelerado que transporta o cavaleiro de maneira cômoda, sem os impactos dos cavalos de trote.
Para a coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Aline Veloso, o decreto federal chancela a raça como um dos símbolos do Brasil e fomenta sua preservação: “Será um ganho em divulgação de informações da raça, em consolidação das associações de criadores e em reconhecimento a um cavalo que deixou fortes marcas na história e na cultura de nosso país, sobretudo em Minas Gerais”.
Localizada em Belo Horizonte, a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) foi criada em 1949 e ostenta hoje o título de maior entidade de criadores de eqüinos da América Latina. Minas Gerais lidera também a lista de estados com maior número de criadores associados (2 mil) e de quantidade de animais (são 91 mil, enquanto no Rio de Janeiro estão cerca de 50 mil e, em São Paulo, 34 mil) No exterior, existem animais Mangalarga Marchador nos Estados Unidos, Europa, Uruguai e Peru.
Fonte: FAEMG