As liberações de crédito rural para Minas Gerais cresceram 16% nos primeiros sete meses do período agrícola 2013/2014 (julho a janeiro), somando R$ 18,869 bilhões, sendo 16% a mais que o valor liberado no período anterior (R$ 16,256 bilhões). A maior parte dos empréstimos para Minas tinha como finalidade o custeio da atividade. O montante desembolsado no Estado representou 13,2% do total do país no período (R$ 143,062 bilhões) e só ficou abaixo do Paraná e do Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Em número de contratos, no ano passado foram 342,8 mil contra 303,6 mil no exercício anterior, aumento de praticamente 13%. O valor médio das operações também subiu em 2013 ante 2012, com alta de 2,8%. Em termos de contratos, Minas teve participação de 11,5% do total nacional.
O crédito rural para custeio representou a maior parte das liberações no Estado, com R$ 9,451 bilhões, a metade do que Minas recebeu em 2013. Para investimentos, o total foi R$ 6,110 bilhões (32,4%) e, para comercialização, R$ 3,307 bilhões, que equivale a 17,6% do montante liberado.
O Mapa não informou os números relativos aos desembolsos para custeio, investimentos e comercialização da safra no Estado em 2012 para que fossem feitas as comparações com os dados de 2013.
Porém, na semana passada, o órgão federal informou que os financiamentos da agricultura empresarial no país apresentaram alta de 48,2% nestes primeiros sete meses do Plano Agrícola e Pecuário 2013/14, em relação ao mesmo período da safra passada, alcançando R$ 98,2 bilhões.
Em todo o país, os produtores rurais contrataram R$ 71,1 bilhões pelas modalidades de custeio e comercialização e R$ 27,08 bilhões pelas de investimento. Os recursos disponibilizados pelo plano de construção e ampliação de armazéns (PCA), que já obteve R$ 2,18 milhões aplicados, um desembolso relativo a 62,5% dos recursos programados, foram um dos destaques.
Ao todo, a agricultura empresarial contratou R$ 2,79 bilhões dos R$ 4,5 bilhões em recursos disponibilizados para ampliação e reforma de armazéns privados. Outros R$ 500 milhões foram alocados para a agricultura familiar.
Linhas
Entre as linhas de crédito para custeio e comercialização, o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) chegou a um total de R$ 6,27 bilhões em empréstimos, alta de 6,8% sobre os meses de julho a janeiro da safra passada.
Já entre os programas referentes aos investimentos, o destaque nacional foi o Programa de Sustentação de Investimento (PSI-BK), que financia máquinas e equipamentos, onde foi apurado os maiores níveis de aplicação nesses sete primeiros meses do Plano Agrícola e Pecuário. No período, foram aplicados R$ 9,2 bilhões, 57,8 % a mais que o volume observado em igual período do ano passado.
Fonte: Diário do Comércio