Declarar a vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, em Minas Gerais, ficou mais fácil e rápido. O IMA inaugurou plataforma para declaração eletrônica. Abrigado no site do instituto, é a primeira do gênero no país. A estimativa é de que 20% dos produtores tenham estreado a declaração eletrônica.
Para fazer a declaração, o produtor necessita estar conectado à internet e ter em mãos o CPF e a nota fiscal da compra de vacinas, cujo número será a senha de acesso. Mas, quem não tiver condições de usar o sistema eletrônico, ainda pode ir a um escritório do IMA e apresentar as notas fiscais e a Carta Declaração de Vacinação.
O novo sistema levou um ano para ser montado. De acordo com Bruno Rocha de Melo, fiscal agropecuário da Gerência de Defesa Sanitária Animal do IMA, uma das novidades é o processo de acompanhamento das etapas de vacinação, que começa quando os revendedores fecham negócio com os fabricantes. A inclusão dos revendedores no sistema envolve o responsável técnico e o atendente de cada loja.
“O sistema é completo. Tem espaço para cadastrar o recebimento de vacinas pelos revendedores, que devem dar entrada na nota fiscal com quantidades corretas, partidas e validade dos produtos. Esta ação possibilita que o controle de estoque pelo IMA também seja eletrônico. Além disso, as lojas passaram a ter a responsabilidade de cadastrar a nota ou o cupom fiscal de cada compra e vinculá-lo diretamente ao produtor que a efetuou. A partir desse momento o IMA terá a garantia de que o produtor adquiriu a vacina”, diz Bruno Rocha de Melo.
Benefícios
IMA
Terá informações atualizadas sobre o estoque dos revendedores do estado, podendo se antecipar a desabastecimentos e orientar os produtores sobre onde comprar as vacinas.
O controle automático dos estoques e a comunicação prévia dos revendedores sobre a compra de vacinas pelos produtores permitirão melhor gerenciamento da etapa de vacinação.
Sem necessidade de digitar declarações de vacinação, os funcionários do IMA poderão se dedicar à fiscalização e promoção da sanidade.
Produtor
Poderá fazer a declaração sem sair de casa. A adesão é facultativa, o IMA continua recebendo a declaração física ( Declaração e Notas Fiscais) em seus escritórios.
PASSO A PASSO
1 – Recadastramento: o produtor confirma ou fornece números de telefone, e-mail (se tiver) e endereço. O recadastramento será realizado semestralmente, o que manterá o cadastro de produtores do IMA atualizado.
2 – Conferência de informações sobre o rebanho. Após o recadastramento o sistema mostrará informações sobre propriedades nas quais o produtor tem bovídeos a serem vacinados e os dados relativos à etapa de vacinação. O produtor poderá relatar a evolução do rebanho: ajustar o número de animais em cada faixa etária e informar nascimentos e mortes nos últimos seis meses.
3 – Declaração propriamente dita, mas com a diferença de não ter que digitar dados da nota. O sistema exibirá automaticamente o número de animais da propriedade a serem vacinados. O produtor vai selecionar a nota fiscal que utilizou para aquela propriedade e se o número de vacinas na NF for insuficiente ele pode indicar outra nota complementar. Depois da indicação basta concluir a declaração e será gerado um recibo que poderá ser impresso e guardado como comprovante.
Opinião
“É uma plataforma pioneira. Simplifica o controle dos estoques de vacinas, garante a qualidade do material adquirido pelo produtor, facilita a declaração de vacinação e aprimora o monitoramento do IMA. Também se configura em oportunidade para os sindicatos, pois podem prestar um novo serviço, acolhendo os produtores que não têm acesso à internet, fidelizando e atraindo associados”.
Aline Veloso, coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG
*Texto publicado na revista FAEMG|SENAR, edição 9 – setembro de 2014.