O estabelecimento da Pauta de Gado Bovino por meio de valores fornecidos pela FAEMG e validados pela Seapa atende a um pleito antigo dos pecuaristas mineiros. Entretanto, essa conquista só poderá ser posta em prática se os sindicatos enviarem os dados locais. Por isso, uma das deliberações da Comissão de Pecuária de Corte, que se reuniu hoje na sede da FAEMG em BH, é difundir entre as lideranças de regiões onde predomina a atividade a importância de comprometerem-se a preencher formulários quinzenais. Para participar da formação dos preços médios regionais, os sindicatos devem encaminhar termo de compromisso assinado à Federação, assumindo a responsabilidade de fornecer as informações ininterruptamente.
“Apoiamos a nova sistemática da Secretaria de Estado da Fazenda. É um avanço muito grande. Os produtores sempre se queixaram de pautas não condizentes com os preços reais. Isso pode ser corrigido com essa nova dinâmica. Mas para funcionar os sindicatos têm que colaborar”, enfatiza Affonso Damásio, presidente da Comissão.
Uma Pauta de Gado Bovina que reflita os preços médios regionais é importante na conjuntura atual, de acordo com o analista de agronegócios da FAEMG, Wallisson Fonseca. Dados apresentados pela Comissão mostram que o preço da arroba está em alta e a perspectiva é de que continue aumentando até o final do ano. O cenário é animador especialmente para os confinadores que podem contar com a redução dos custos. Com safras recorde de milho nos Estados Unidos e farta no Brasil, a tendência é de queda nos preços. “Apesar do cenário favorável, os pecuaristas não devem relaxar, pois o preço dos bezerros de reposição ainda está alto”, alerta.
Fonte: FAEMG