A renda estimada para o setor em 2012 no Estado, segundo a assessoria técnica da FAEMG, ficará em torno de 42 bilhões, um crescimento de 3,4% na comparação com o ano anterior. Para os produtos agrícolas, o crescimento foi de 7,1%; enquanto os pecuários tiveram faturamento 2,2% menores nesse ano. Os grandes destaques de 2012 ficaram mesmo por conta da soja, cujo preço real cresceu 31,4% em relação ao ano anterior, e do feijão, com preços 67,8% maiores. Ainda o principal produto do agronegócio mineiro, o café teve perda nos preços (-21,8%) compensada pelo crescimento de 22,9% no volume da produção, respondendo por mais de um quarto do faturamento total da produção agropecuária no Estado. Segundo produto em participação (16,98%), o leite viveu momento similar esse ano, com aumento de volume ajudando a manter a renda do setor, apesar da queda dos preços. Terceiro produto que mais contribuiu para o faturamento do setor (11,09%), a cana-de-açúcar tem sido considerada uma grande aposta, seguindo uma trajetória de crescimento na participação ano a ano.
IPR – Outubro trouxe ligeira queda nos preços recebidos pelos produtores rurais mineiros, com variação de -1,34% na comparação com o mês anterior. Já no acumulado do ano de 2012, a perda é de -6,62% e nos últimos 12 meses é de -7,08%. O mês fechou com oscilação positiva nos preços apenas das carnes (suínos, bovinos e frango) e do leite. O declínio no mês dos preços dos grãos, assim como da batata, já reflete a expectativa da grande safra anunciada. |
Especialista faz projeções para o final do ano
O coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG, Pierre Vilela, lembra que nesse final de ano os preços dos grãos devem flutuar acompanhando as notícias da nova safra. “A expectativa é de um volume normal de chuvas para o período, propiciando a confirmação de uma safra bem parecida à de 2012 no Estado”. O preço dos hortifruti, em especial o tomate e a batata, deve sofrer pressão por conta das chuvas de verão, uma inflação recorrente todos os anos para o período. Por outro lado, as chuvas devem propiciar o recuo de preços das carnes, com aumento da oferta de boi gordo após as festas de fim de ano, o que pressionará os preços do suíno e do frango. O mesmo também deve ocorrer com o leite, cujo consumo tradicionalmente recua no período das férias, ao mesmo tempo em que cresce a oferta impulsionada, especialmente, pelo retorno do pasto com as chuvas.