Os Estados Unidos foi o país que mais importou Cafés do Brasil no período de janeiro a agosto deste ano, com 3,823 milhões de sacas de 60kg, representando 19,8% do total. A Alemanha, em segundo lugar, com 3,313 milhões (17,1%). Em terceiro lugar no ranking de importação de café foi a Itália, com 1,782 milhões (9,2%); em quarto, o Japão com 1,398 milhões sacas (7,2%); e, em quinto, a Bélgica, com 1,114 milhões sacas (5,8% das exportações). Vale destacar ainda que nesse período, se comparado com o do ano passado, houve aumento de 36,4% das exportações de café para Turquia, 9,2% para a Federação Russa e de 2,8% para a Itália. No total, até agosto de 2017, o Brasil exportou café para 115 países.
Em termos de volume total de sacas de 60kg, as exportações dos Cafés do Brasil, no período de janeiro a agosto de 2017, somaram 19,3 milhões, sendo 17,115 milhões de café arábica (87,7%), 2,2 milhões de solúvel (11,4%) e 166,3 mil de robusta (0,9%), as quais geraram US$ 3,3 bilhões de receita cambial. No mesmo período, o preço médio obtido foi de US$ 171,26 por saca, 14,5% superior ao do mesmo período de 2016, que foi de US$ 149,63. Esses e outros destaques da performance das exportações dos Cafés do Brasil constam do Relatório mensal agosto de 2017 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Especificamente no mês de agosto deste ano, as exportações dos Cafés do Brasil totalizaram 2,375 milhões de sacas de 60kg, que representaram aumento de 27,4% em relação a julho, quando foram exportadas 1,864 milhão de sacas. A receita cambial gerada no mês de agosto foi de US$ 388,5 milhões, com preço médio de US$ 163,63 por saca. Assim, nesse mês, foram exportadas 2,092 milhões de sacas de arábica, 27,347 mil sacas de robusta, 253,749 mil sacas de café solúvel, além de 1,178 mil sacas de café torrado e moído.
Cafés Diferenciados – O Relatório mensal agosto de 2017 também demonstra que a exportação dos cafés diferenciados, os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis e incluem os cafés especiais, totalizou 2,977 milhões de sacas nos primeiros oito meses de 2017. O preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 201,71 por saca, sendo 24,3% superior ao preço médio dos cafés naturais/médios, que foi de US$ 162,22 por saca. Os EUA também foram o país que mais importou cafés diferenciados do Brasil nesse período, com 577.435 mil sacas, seguido pela Alemanha (407.914 sacas), Bélgica (382.817), Itália (292.018) e Japão (291.930).
O Relatório Mensal de agosto do Conselho traz ainda como destaque o artigo “Cafeicultura Sustentável – Projeto Coffee Table – InPacto, CECAFÉ e CRS”, que analisa o consumo consciente do café em nível global. De acordo com o enfoque dos articulistas “(…) o consumo consciente se torna tendência global e o senso de responsabilidade de cada consumidor está definindo novos padrões de compra. (…) Por ser uma cadeia produtiva de relevância nacional e internacional, o café brasileiro está nos holofotes do mundo. A demanda internacional por uma cadeia produtiva socialmente sustentável é crescente e está cada vez mais presente nas torrefadoras que compram o café do Brasil (…)”. Vale a pena ler e conferir na íntegra o artigo, em especial, as ações do CeCafé nesse sentido.