O deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB) considerou a audiência pública conjunta realizada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico e de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa extremamente positiva. “Tivemos uma participação expressiva de lideranças e representantes dos produtores de leite. Ficou mais do que comprovado que a crise do setor é sem precedentes e que muito precisa ser feito. Agora é partir para as ações e cobranças. O produtor não pode ficar abandonado à própria sorte”, concluiu Arantes.
Na avaliação do deputado, as informações obtidas na audiência são de fundamental importância. “A crise está comprometendo toda a cadeia. O começo dela, que é o produtor; omeio, que é a indústria; e o fim, que é consumidor. Muitos produtores estão abandonando a atividade e isso significa desemprego no campo”, disse Antônio Carlos.
A crise se deve ao aumento dos custos de produção, como preço da ração e dos medicamentos, da energia elétrica, dos salários, mais os juros e a inflação. Soma-se a isso a queda dos preços do litro do leite. “Por isso precisamos com urgência do Conseleite”, frisou Arantes.
O deputado valorizou a iniciativa da FAEMG de criar o Conseleite. “Será uma forma de controlar o preço do leite baseado no custo da produção e com margem de lucro para os produtores. A oscilação de preços é um problema. Esperamos contar com as universidadespara fazerem os cálculos precisos dos custos de produção. Queremos e precisamos de um conselho ativo. Esperamos que o Conseleite seja um instrumento de união das lideranças do segmento”, expôs.
Durante a audiência, o parlamentar comparou o preço do litro de leite com o preço do copo de água mineral vendido no estádio do Mineirão. A comparação evidenciou a crescente desvalorização do produto. “Um litro de leite está na faixa de R$ 1,00, às vezes mais de R$ 1,00, às vezes menos. O copo de água mineral vendido no novo Mineirão custa R$ 6,00. São necessários pelo menos seis litros de leite para se comprar um copinho de água. Isso é um absurdo”, protestou Antônio Carlos.
Arantes criticou a falta de recursos destinados ao setor por parte do governo do Estado e o lançamento recente do programa Minas Pecuária. “De que adianta lançar programas e não lançar recursos? Programas muito bons já existem e são desenvolvidos com competência pela Faemg e pelo Sebrae, faltam recursos. E o governo ainda falou que está cortando gastos supérfluos. Cortar na saúde e na segurança é cortar supérfluo?”, questionou o deputado.
Na visão de Antônio Carlos, o trabalho em prol do produtor de leite deve continuar. “Não vamos parar aqui. Nos preparamos com antecedência para essa audiência. Fizemos uma excelente audiência com presenças importantes e depoimentos esclarecedores. Agora vamos cobrar dos governos estadual e federal as providências”, concluiu Arantes.
Fonte: FAEMG