Uma nova política para o crescimento do setor leiteiro no Brasil, que envolve 1,3 milhão de produtores e movimenta R$ 50 bilhões por ano, começou a ser discutida nesta terça-feira (6/11), na I Conferência Nacional do Leite, que acontece até quinta-feira (8/11), em Brasília (DF). O evento, realizado pela Subcomissão Permanente do Leite da Câmara dos Deputados, tem por objetivo a elaboração de novas diretrizes para o segmento, a partir de proposições que serão debatidas, hoje e amanhã, por representantes de entidades representantes de toda a cadeia produtiva. Os principais pontos, consolidados em um documento, serão entregues, no último dia do encontro, aos ministros Mendes Ribeiro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), em solenidade na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“Vamos consolidar em um documento tudo aquilo que estamos discutindo e defendendo ao longo destes anos”, disse o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim. As propostas estão divididas em 11 temas: sanidade, defesa comercial, capacitação e assistência técnica, políticas de crédito, tributação, infraestrutura e logística, promoção comercial, legislação, fiscalização, pesquisa e desenvolvimento e organização do setor. Todos estes pontos foram discutidos, hoje, por três grupos temáticos, em reuniões simultâneas na CNA, na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cada grupo ficou responsável por um conjunto de propostas, que serão finalizadas nesta quarta feira durante encontro na sede da Embrapa.
Estão envolvidos nos debates representantes dos produtores, indústrias, cooperativas, trabalhadores rurais, comércio e governo federal. O grupo que se reuniu na CNA, composto por pecuaristas e trabalhadores rurais, debateu as políticas voltadas para a produção primária. Para o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), relator da subcomissão na Câmara e que esteve na abertura do encontro na sede da entidade, o documento deve ter propostas “qualificadas e exeqüíveis”. “Queremos uma política que seja efetivamente cumprida”, afirmou o parlamentar. Também participaram da reunião os deputados Junji Abe (PSD-SP), Celso Maldaner (PMDB-SC) e Carlos Magno (PP-RO), além de representantes das Federações de Agricultura e Pecuária e entidades ligadas aos trabalhadores.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA