Começou no último domingo (1º/11) a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a febre aftosa. A expectativa do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) é de que todo o rebanho, estimado em 9,8 milhões de bovinos e bubalinos, (búfalos de diversas raças), com idade de zero a 24 meses, sejam imunizados em todo o estado, até o dia 30 desse mês. A vacinação é a única forma de proteger os animais contra a doença e deve ser feita duas vezes ao ano. A primeira etapa de vacinação ocorreu em maio.
Os produtores poderão adquirir a vacina nos estabelecimentos autorizados para a venda do produto. Será necessário a apresentação da carteira de identidade ou o CPF (Cadastro de Pessoa Física) no ato da compra.
O gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Bruno Rocha Melo, alerta para que os produtores rurais devem ficar atentos quanto ao transporte e o armazenamento correto das vacinas. A condução do produto deverá ser feita em caixas térmicas com gelo. Já na fazenda, as vacinas deverão ser conservadas numa temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, em geladeiras ou em caixas térmicas.
Bruno Rocha ressalta ainda que a aplicação da vacina deve ser feita na região do pescoço do animal. “Tanto os cuidados com o transporte e conservação da vacina como a sua correta aplicação são importantes para garantir a real imunização dos animais”, explica.
A legislação obriga produtores rurais comprovarem a vacinação do rebanho junto ao IMA. Para isso é necessário que o produtor preencha o Formulário de Declaração de Vacinação, também conhecido como Carta Aviso de Vacinação, que está disponível no site do Instituto (www.ima.mg.gov.br). O preenchimento deste formulário e a apresentação da nota fiscal de compra das vacinas são essenciais para que se faça a comprovação pessoalmente nas unidades do IMA. O produtor terá até o dia 10 de dezembro para comprovar a vacinação pessoalmente ou pelo Site. A outra opção é declarar diretamente pela internet, para o que será necessário ter em mãos a nota fiscal de compra das vacinas para preencher as informações do formulário pela internet.
Manter a vacinação regular é fundamental para Minas Gerais especialmente em relação às exportações, num momento em que os Estados Unidos se preparam para voltar a comprar carne bovina in natura do Brasil, depois de 15 anos de embargo. O mercado norte-americano constitui um novo nicho que poderá ser ocupado também pelo produto mineiro.
Minas Gerais caminha para completar, no próximo ano, duas décadas sem registrar focos de febre aftosa. Com isso, o estado mantém o status obtido junto à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) de área livre de febre aftosa com vacinação.
Mercado internacional
Minas já exporta carne bovina principalmente para Hong Kong, Rússia e Irã, além de outros 39 países em menor proporção. De janeiro a setembro deste ano Minas Gerais exportou 71,5 mil toneladas do produto, somando faturamento de US$ 291,7 milhões, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), analisados pela Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).