Em menos de um ano e meio, o Café Individual, produto lançado pela indústria Café Fazenda Caeté, em setembro de 2011, já é responsável por cerca de 35% do faturamento da empresa instalada em Campo Belo, na região Centro-Oeste do Estado. Distribuído para todo o país, segundo o diretor administrativo da Café Fazenda Caeté, Marco Antonio Costa, já está pronto para ser exportado. “Participamos de feiras nos Estados Unidos, no Oriente Médio, em 2012, e do Madrid Fusión, em janeiro. Isso tem nos dado oportunidade de mostrar nossos produtos. Já temos contatos no Kwait, Emirados Árabes Unidos, Islândia, Chile e Estados Unidos, onde já conseguimos a autorização de comercialização junto ao FDA (Food and Drug Administration – órgão responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos), anuncia Costa.
O Café Individual é o primeiro café em sachê lançado no país. Diferente do café solúvel, ele é um café coado, embalado em saquinhos de cinco gramas, como é feito tradicionalmente com os chás. O sachê deve ser mergulhado em uma xícara com 50 ml de água fervente por um minuto. Quem gosta do café mais forte pode deixar em infusão por mais tempo. A comercialização é feita em caixas com 25 sachês.
A história da Café Fazenda Caeté começou com a compra de uma antiga torrefação por tradicionais produtores de café, em 2009. As primeiras linhas de produção instaladas foram aquelas dos produtos convencionais: Tradicional, Superior, Expresso High Toast e Expresso Medium Toast. Após dois anos de pesquisa, entre 2009 e 2011, R$ 4 milhões em investimentos e desenvolvimento de um equipamento próprio, foi lançado o Café Individual.
“Em peso, o Café Individual corresponde a 10% do que é beneficiado pela torrefação, mas em valor financeiro chega até a 40% pelo alto valor agregado do produto. Ele nos ajudou a crescer quase 300% de 2011 para 2012. Ameta para 2013 é mesmo consolidar nosso alcance nacional e implementar a exportação. Queremos mostrar que o Brasil também produz os chamados cafés de alta qualidade. Hoje importamos o produto da Itália e da Suíça e isso é um verdadeiro absurdo diante da nossa tradição e volume de produção”, reclama o diretor. Em 2012 aindústria faturou R$ 1,2 milhão.
Mesmo com grande interesse no exterior, o empresário salienta que o mercado brasileiro de cafés de alto padrão está cada vez mais atrativo. O crescimento médio de 20% ao ano, segundo ele, deve se manter baseado na melhoria da renda média do brasileiro que oportuniza oportunidades de novas e mais sofisticadas experiências de consumo.
Para garantir a qualidade, toda a matéria-prima, certificada com o Selo de Qualidade da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), vem da fazenda da família Costa. Mesmo com os constantes pedidos, a fábrica não tem planos para empacotar marcas de terceiros. “Somos, ainda, uma empresa jovem, buscando consolidar nossa marca. Recentemente recebemos um pedido como esse do Carrefour, mas não aceitamos. Valeu a pena, porque agora vamos colocar a marca Café Fazenda Caeté na rede, primeiro em Belo Horizonte e já com vistas para todo o Brasil”, comemora.
Fonte: Diario do Comercio