Mesmo com a crise mundial, não se falou em queda de consumo de café este ano.
– O consumo se desenvolveu bem, um pouco abaixo daquilo que era esperado, mas ainda assim, de forma positiva – diz o diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga.
Mesmo com a crise mundial, muito se falou em ganhos este ano. A arrecadação com as exportações vai ser a melhor da história. De acordo com Braga, será algo em torno de US$ 8,5 bilhões. A produção nos cafezais também não foi ruim.
– Nós colhemos uma safra boa. Embora seja um ano de baixa, em torno de 48 milhões de sacas – afirma o diretor do Cecafé.
O ano de 2011 foi bom também para o produtor de café, dizem os representantes do setor e analistas de mercado. Em média, o preço ficou na casa dos R$ 450 a saca.
– Acreditamos que estamos atingindo uma nova base de mercado. O que nós temos que torcer é para que no ano que vem os preços se sustentem e esta visão de consumo nos principais países consumidores não vá cair, vingue – diz o corretor de café Eduardo Carvalhaes.
Pois isto é tudo que o cafeicultor Miguel Carlos da Silva quer. Se o tempo ajudar, o produtor que tem 54 hectares de café em Patrocínio, no Cerrado mineiro, vai ficar ainda mais feliz. Nesta safra, ele vai colher 2,2 mil sacas. Cauteloso, fechou contrato com duzentas, para julho do ano que vem e vendeu a sacas a R$ 504.
– Neste preço que está agora, eu acho que em termos de rentabilidade é o melhor negócio hoje na agricultura. Comprei trator, comprei máquina. O negócio é investir – aconselha Silva.
Fonte: http://www.ruralbr.com.br/