O PIB (Produto Interno Bruto) do Agronegócio Mineiro considerado para 2015 foi de R$ 171,95 bilhões. Desse valor, estima-se que R$ 84,485 bilhões (49,13%) venham da agricultura e R$ 87,416 bilhões (50,87%) da pecuária.
O índice do setor avançou 0,09% em dezembro e fecha com apenas 0,96% no acumulado do ano. Dessa forma, Minas Gerais apresenta perspectiva de ligeiro avanço em sua participação no PIB do agronegócio nacional, estimada em 13,54%.
O ano de 2015 apresentou ambiente econômico e político bastante conturbado, acarretando baixa de confiança dos produtores a investir no setor e também influência de outros setores no agro, principalmente os segmentos industrial e de serviços. Ainda assim, o resultado do agronegócio do estado foi positivo, justificado pela diversidade produtiva e melhores preços em real para os grãos (milho e soja) exportados.
Segundo Aline Veloso, coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG, ao longo do ano os efeitos da depreciação do Real frente ao dólar, que gerou efeitos distintos sobre o agronegócio, influenciou muitas atividades. “Observamos melhoras sucessivas das cotações médias do segmento primário da agricultura, principalmente ao longo do segundo semestre, melhorando a competitividade dos produtos exportáveis. Mas por outro lado, o reflexo do câmbio aconteceu muito fortemente na elevação dos custos de produção, principalmente com relação a insumos como fertilizantes, defensivos e aditivos de alimentação animal, que são, em sua maioria, importados. Tal efeito, conjunto às altas de preços da energia e dos combustíveis, têm prejudicado a rentabilidade em diversos produtos”, explica.
SEGMENTOS QUE FORMAM O PIB
O ramo agrícola, formado pelo conjunto das cadeias produtivas da agricultura, apresentou crescimento de 3,84% no acumulado do ano de 2015. Esse resultado reflete as elevações observadas em todos os segmentos: insumos (9,8%), básico (3,56%), indústria (3,49%) e serviços (3,50%). Para o ramo pecuário, a projeção apontou retração de 1,69% em 2015, com altas registradas nos segmentos de insumos (3,15%) e indústria (3,58%), mas queda no segmento básico (-3,23%), que tem maior participação no PIB do ramo e exerceu influência na queda do segmento de serviços (-1,18%).
DENTRO DA PORTEIRA
Ainda que os efeitos do clima tenham sido danosos para o setor produtivo em Minas Gerais, observou-se que a produção para o conjunto das atividades agrícolas apresentou crescimento de 0,94%, com relação ao ano anterior. As cotações médias também aumentaram no comparativo com o mesmo período, da ordem de 2,86%. Entre os produtos acompanhados em Minas Gerais, com base nas informações publicadas até o fechamento deste relatório, houve crescimento anual no faturamento das seguintes culturas: cana-de-açúcar (1,84%), soja (3,70%), milho (0,97%), batata (46,20%), laranja (11,52%), feijão (25,39%), banana (4,58%) e tomate (6,04%).
Já, para o ramo pecuário, ocorreu retração de 0,69% em dezembro, com o preço médio ponderado 1,45% maior que o de mesmo período de 2014 e retração de 4,01% na expectativa de produção para o ano. Entre os setores, apenas frangos apresentaram evolução positiva em faturamento, de 8,43%. Já bois, vacas, leite, ovos e suínos retraíram-se 3,55%, 2,49%, 5,65%,0,69% e 7,59%, nessa ordem.
Mais informações podem ser acessadas no relatório completo publicado no Portal SISTEMA FAEMG. (clique aqui)
Os dados foram levantados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP, com o apoio financeiro da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), do Senar – AR/MG (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional de Minas Gerais) e da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).