A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, levou ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, proposta de uma frente para melhorar a competitividade no campo, garantindo aos pequenos produtores rurais o acesso à internet e à telefonia.
A preocupação maior da senadora é com as milhares de pequenas comunidades rurais com menos de 300 habitantes, que estão espalhadas por todo o Brasil e não contam sequer com a telefonia fixa. Na reunião com o ministro, a senadora observou que, a despeito de haver crédito de sobra no País, só 11% dos recursos tecnológicos hoje disponíveis chegaram às classes D e E da zona rural no ano passado.
A incorporação de novas tecnologias pelos agricultores de pequenas comunidades no interior é fundamental ao projeto de aumentar a produção agropecuária sem ampliar a área desmatada. Levantamento da CNA dá conta de que produtores das classes D e E ocupam um terço das terras reservadas ao plantio no Brasil, embora com baixa produtividade.
Na oportunidade, o ministro Paulo Bernardo discorreu sobre os diversos projetos de sua pasta voltados ao meio rural, incluindo a tecnologia de quarta geração para celulares, a expansão das televisões em Banda C e as oportunidades oferecidas pelo programa Cidades Digitais. Pela nova legislação, as empresas de telefonia têm prazos a cumprir na cobertura das regiões mais remotas do país, o que vai permitir um grande desenvolvimento das comunicações no interior do Brasil, até 2015.
A senadora Kátia Abreu reforçou a necessidade de criar novos canais de comunicação com o meio rural. Segundo ela, “ a tecnologia existe, mas não chega aos pequenos produtores de forma eficaz
A nova aposta do governo para levar a comunicação digital ao campo é o aparelho celular de quarta geração que funciona com voz e internet de baixa frequência e vai entrar no Brasil em fins de abril próximo. Esta tecnologia digital ficará muito mais barata. O próprio orelhão poderá virar um ponto de apoio para colocar internet nas comunidades rurais.
Fonte: Confederação Nacional da Agricultura – CNA